“Recebi uma ligação do meu pai preocupado contando que fazia duas semanas que a minha mãe não conseguia comer quase nada e tudo o que comia voltava para a garganta. Ela começou a sentir um aperto e queimação muito grande no peito, que piorava após cada refeição que ela tentava fazer.

Levamos imediatamente a urgência do hospital e lá confirmaram um refluxo extremamente agressivo, vindo com os outros sintomas. Foi necessários realizar uma endoscopia que o plano não cobriu e pagamos R$600,00.

Nesse dia, confesso que fiquei muito preocupada, pois sabia que não se tratava de algo simples como muita gente pensa que é.

Já vi muitas pessoas entrando em depressão por conta disso.

Mais uma vez o médico indicou os métodos antigos que nunca funcionaram para ela, e dessa vez eu não deixei. Decidimos tentar receitas naturais que uma amiga nutricionista me passou: chá de orégano, suco de batata-doce, chá de gengibre, tudo o que você pode imaginar.

Isso até ajudou a minha mãe. Mas ela disse que após algumas horas todo o refluxo, bolo na garganta, queimação e pigarro voltavam da mesma forma.

Após 3 meses tentando de tudo para acabar com esse tormento que a minha passava, o pior aconteceu. Era madrugada de domingo e meu pai me liga desesperado, pedindo ajuda, porque minha mãe acordou no meio da noite com sensação de sufocamento, não conseguia respirar e tossia muito.

Após novamente internar no hospital, os médicos informaram que ela teve uma aspiração pulmonar, que é quando o ácido do estômago sobe tanto que vai parar nos pulmões e tranca nossa respiração. Disseram que isso pode acontecer com qualquer pessoa que sofre do refluxo por muito tempo.

Ela só se salvou, porque foi socorrida a tempo, completou o médico.

Naquele dia, prometi para o meu pai que faria tudo para salvar minha mãe e desde então comecei a virar noites lendo os estudos científicos que havia pegado na minha antiga faculdade e também na internet.”